domingo, 21 de outubro de 2018

47º GP Brasil Jacarepaguá 1987. O contrato de Senna com a Lotus


Contrato de 1987 com Lotus revela exigências e proibições de Senna e empresa em paraíso fiscal

Fonte: Warm up 10/07/2013
O último contrato de Ayrton Senna com a Lotus revelou que piloto possuía empresa nas Bahamas e que ganhava US$ 1,5 milhão. O piloto também era proibido de praticar esportes de risco e usar o boné do Banco Nacional
Foram revelados nesta quarta-feira (10) os detalhes do último acordo entre Ayrton Senna e a Lotus. O contrato, datado de 1987, veio à tona por meio do blog do jornalista Fábio Seixas e está na internet no site da Legacy Tobacco Documents Library (LTDL), um arquivo digital de documentos da indústria tabagista criado pela Universidade da Califórnia. O documento de 18 páginas e cinco apêndices foi assinado em  janeiro daquele ano e traz informações sobre as exigências, proibições e salários do piloto, morto em 1994, durante o GP de San Marino.
O acordo apontava que o brasileiro ganhava US$ 1,5 milhão, não podia usar boné do falido Banco Nacional nem praticar esportes de alto risco, tinha status de primeiro piloto e uma empresa em um paraíso fiscal. Segundo o contrato, a sede da empresa de Senna – a  AS Promotions – ficava em Nassau, nas Bahamas. O vínculo era de duas temporadas, mas havia uma opção limite para rescisão sem multas e de ambos os lados – 8 de agosto de 1987. O tricampeão acabou usando essa clausula para fechar com McLaren para 1988.Entre as várias exigências, o documento inicia com a obrigação de Ayrton em usar "seu nome e sua fama", além da participação em eventos promocionais da empresa e o uso de roupas escolhidas pela Lotus, assim como a posição dos patrocinadores no capacete. Também foi solicitado a deixar a Inglaterra por conta de questões fiscais. Como se sabe, Senna passou a viver em Mônaco.

O acordo também proibiu o piloto de usar o boné do Banco Nacional e praticar esportes de risco como motociclismo, asa delta e esqui. O vínculo, entretanto, não fala em propaganda de cigarros. Mas liberava patrocinadores pessoais do piloto no capacete e no macacão.

Pelos lados da Lotus, a equipe se comprometeu a pagar um extra por ponto marcado, e para cada piloto, naquele ano – US$ 40 mil. E ainda previa uma bonificação de U$250 mil em caso de título, além da divisão dos valores de eventuais premiações em corrida. O time inglês ainda fez um seguro de vida para o brasileiro.

Um dos parágrafos deste acordo revela também a anuência da Camel (patrocinadora da equipe e de propriedade de grupo J.R. Reynolds) para que Senna fosse o piloto principal naquele ano e em 1988, dispensando obrigatoriamente Satoru Nakajima das funções e que "se algum piloto não guiasse para a equipe por quaisquer razões, a Lotus tem de pedir a aprovação da Reynolds para substituir por um piloto de mesmo calibre".

Contrato de 1987 entre Ayrton Senna e a Lotus (Foto: Reprodução)

Outros documentos verificados pelo GRANDE PRÊMIO indicam que o acordo foi fechado em 30 de janeiro daquele ano, de acordo com o calendário de documentos entre as partes. Senna não assinou nem o contrato com a equipe, tampouco a carta em que confirma ter seu conhecimento dos detalhes, sendo representado por um advogado.

O GP verificou também que o patrocínio assinado entre a Reynolds (Camel) e a Lotus era de US$ 5 milhões, pago em cinco parcelas de diferentes valores. A empresa tabagista também fazia os pagamentos dos bônus por resultados, na seguinte ordem: vitória em corrida rendia US$ 30 mil; segundo lugar, US$ 20 mil; terceiro lugar, US$ 10 mil; e pole, US$ 5 mil. Com o terceiro lugar no Mundial de Pilotos daquele ano, Senna faturou algo em torno de US$ 165 mil, sem contar o segundo lugar no GP da Austrália. O piloto foi desclassificado da prova.

Ainda, as partes tentaram amarrar Senna à equipe de tal forma que ressaltavam que "os acordos entre a AS Promotions e a Lotus e a Reynolds são por um período de dois anos e nenhuma referência deve ser feita com uma opção de término". Havia até outro acordo já feito com a AS Promotions para que a Reynolds tivesse o direito de explorar a marca Camel no boné de Senna.


https://www.grandepremio.com.br/f1/noticias/contrato-de-1987-com-lotus-revela-exigencias-e-proibicoes-de-senna-e-empresa-em-paraiso-fiscal
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AYRTON SENNA "PILOTO" DA FORÇA AÉREA BRASILEIRA
No dia 10 de abril de 1987, na semana do GP do Brasil, Senna recebeu o título de piloto honorário da Força Aérea Brasileira (FAB). Para homenagear seus ’colegas’ pilotos, colocou no capacete o símbolo do Esquadrão do Primeiro Grupo de Caça, equipe de elite da FAB. Claro que, apaixonado por velocidade como era, Senna chegou a voar em um dos caças da força aérea.
https://incrivel.club/admiracao-famosos/historias-sobre-ayrton-senna-que-voce-provavelmente-nao-conhece-635860/




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GP BRASIL CIRCUITO DE JACAREPAGUÁ  12/04/1987

Ayrton Senna chegou ao Rio de Janeiro para disputar o seu quarto Grande Prêmio em Jacarepaguá tendo como melhor resultado até então a segunda colocação obtida um ano antes.Era um momento para estreias: a Lotus era agora amarela, mas ainda mantinha o número 12. O novo motor Honda turbo era a esperança de um carro mais competitivo naquele ano. Como companheiro de equipe, debutava na Fórmula 1 o simpático japonês Satoru Nakajima.Também entrava em cena uma nova suspensão semiativa, o acessório mais difícil de acertar no circuito carioca.Diante de tantas novidades, Ayrton Senna considerou satisfatória a sua performance durante a classificação, ficando com a terceira colocação, atrás das Williams de Nigel Mansell e Nelson Piquet.Na largada, pulou na frente e liderou quatro voltas. Depois, perdeu posições e segurou o terceiro lugar até a 50ª das 61 voltas, quando o motor superaqueceu por causa de uma obstrução no radiador. Alain Prost (McLaren) venceu, com Nelson Piquet (Williams) e Stefan Johansson (McLaren) completando o pódio.Apesar da quebra, Ayrton Senna confiava no conjunto de sua Lotus para 1987, principalmente no novo motor:“Sei que é competitivo e resistente. Acho que ainda vai me dar muitas alegrias”


 Fonte: História de Ayrton Senna    http://www.ayrtonsenna.com.br/piloto/

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