Estreias de Christian Fittipaldi e Rubens Barrichello na Fórmula 1
Os majestosos duelos entre Ayrton Senna e Alain Prost
estavam de volta à Fórmula 1. Depois da ausência do piloto francês durante a
temporada de 1992, ele voltava a bordo da Williams, com um carro novamente
competitivo no campeonato. Já o brasileiro, iniciava a sua última temporada
pela McLaren, agora com o motor Ford-Cosworth, após o final da parceria
com Honda.Durante o período de férias e pré-temporada, Ayrton Senna aproveitou
para decidir seu futuro no automobilismo. O piloto chegou a fazer um teste com
o Fórmula Indy da equipe Penske, no Arizona, a convite de Emerson Fittipaldi. O
tricampeão também cogitou tirar um ano sabático, da mesma maneira que Prost
havia feito, mas seu sentimento pela Fórmula 1 e pela vontade de competir falou
mais alto.Prost e Ayrton dominaram as atenções já nos treinos para o GP da
África do Sul, palco que abria a temporada da F-1 pelo segundo ano consecutivo.
Alain Prost fez a pole position em 1min15s696, somente 0s088 mais rápido que o
brasileiro. Michael Schumacher foi o terceiro com a Benetton, e Damon Hill,
estreante na Williams, foi o quarto no classificatório.Na largada, Senna pulou
na frente, com Hill e Prost nas posições seguintes. Prost demorou a largar e
quase perdeu a posição também para Schumacher. Ainda na parte inicial da
primeira volta, Hill rodou sozinho e viu todos os carros vindo em sua direção.
Nada de mais grave aconteceu e o principal beneficiado foi o alemão da
Benetton, que aproveitou para tomar a frente de Prost, enquanto o francês teve
que fazer uma manobra para não atingir Damon Hill.Nas voltas seguintes, Senna,
Schumacher e Prost se distanciaram bastante do restante do pelotão. Na volta
13, finalmente o francês consegue superar o alemão em uma manobra corajosa e
por fora. O duelo então ficou entre os dois tricampeões mundiais da época.
Prost tentou inúmeras vezes ultrapassar Ayrton no mesmo ponto em que tomou o
lugar de Schumacher, mas o piloto da McLaren sempre fechava a porta. Após os líderes completarem 25 voltas, não teve mais
jeito para Ayrton. Prost tomou a frente, seguido de Schumacher em segundo. A
McLaren perdia desempenho e o brasileiro foi chamado para o box. Na estratégia
do pit stop, Ayrton levou a melhor e retomou a segunda posição, já que
Schumacher foi mais lento nos boxes. No entanto, o câmbio de sua McLaren
apresentou problemas e o rendimento do carro continuou em declínio. O alemão não desistiu da vice-liderança e, com um
motor mais potente, tentou efetuar a manobra na 40ª volta, quando Senna fechou
a porta e o alemão acabou rodando após um toque da sua roda dianteira esquerda
na traseira direita do brasileiro. Com isso, o piloto da Benetton abandonou e o
brasileiro manteve a segunda posição.Na volta 69, uma grande tempestade caiu no
circuito de Kyalami, proporcionando vários abandonos. Uma pena para Senna é que
a chuva chegou somente três voltas antes do fim, impossibilitando do brasileiro
encostar no rival. O domínio da Williams ficou tão notável que apenas o
brasileiro conseguiu terminar na mesma volta do vencedor. Prost venceu em
seu retorno à F-1, marcando também a volta mais rápida da corrida em 1min19s492.O
segundo lugar na prova não foi tão ruim, afinal, além dos problemas na corrida,
seu novo motor Ford era mais fraco que o Renault da equipe de Frank Williams e
a nova McLaren não tinha passado por tantos testes.O Grande Prêmio da África do
Sul também marcou duas boas novas para o Brasil: Christian Fittipaldi (Minardi)
fez um bom quarto lugar, seu melhor resultado na F-1, e Rubens
Barrichello (Jordan) estreou na categoria.
Fonte: História de Ayrton Senna http://www.ayrtonsenna.com.br/piloto/
Fonte: História de Ayrton Senna http://www.ayrtonsenna.com.br/piloto/
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