Após conquistar um difícil segundo lugar no GP da Alemanha e
quebrar uma sequência complicada de três corridas sem pódios, Ayrton Senna
queria usar o travado circuito da Hungria a seu favor, já que as Williams eram
sabidamente mais rápidas. Nigel Mansell tinha a maior chance da carreira de faturar
o seu tão aguardado título mundial. O britânico era líder do campeonato com 86
pontos e nem precisava da vitória para conquistar o seu grande objetivo na
temporada.
Para a corrida em Budapeste, Senna procurou ajustes no carro
para ter mais aderência e tracionar melhor. O brasileiro colocou o máximo
possível de inclinação no aerofólio traseiro para ganhar pressão aerodinâmica e
assim obter mais velocidade nas curvas. O objetivo era fazer isso já nos
primeiros treinos e tentar garantir uma boa posição de largada em uma pista com
poucos pontos de ultrapassagem.
No sábado, Ayrton até melhorou o tempo de sexta-feira, mas
não o suficiente para largar à frente das Williams, ficando com o terceiro
melhor tempo no treino classificatório. Se largasse bem, teria chances. A única
novidade foi Patrese, que cravou 1min15s476 e desta vez largaria na pole, logo
à frente de Mansell.
Ayrton não estava muito confiante de que superaria as
Williams no dia seguinte. Antes da prova, comentou sobre o excelente sistema de
tração desenvolvido pela equipe rival, arma que poderia ser fundamental para
Mansell e Patrese conseguirem manter as posições depois da primeira curva.
“As Williams desenvolveram um sistema de controle de tração e mudança de marchas que sempre proporciona aos pilotos uma ótima largada. Só mesmo se eles cometerem erros grotescos é que não estarão em primeiro e segundo no final da reta dos boxes”, disse Ayrton aos jornalistas após o treino decisivo.No domingo, logo na primeira volta, Senna ultrapassou Mansell e ficou atrás de Patrese. O Leão não cometeu nenhum erro visível: o mérito foi de uma tática ousada do brasileiro, freando mais tarde e ficando por fora na primeira curva, com chances de sair com a preferência na segunda perna da curva. A tática foi tão boa que até Berger, com a outra McLaren, aproveitou e completou a primeira volta à frente do britânico.Logo depois, Mansell retomou o terceiro lugar e colou na traseira de Ayrton. Mesmo com o ataque feroz do inglês nas voltas seguintes, Ayrton manteve o ritmo, poupando os pneus. Descreveu a situação após a corrida:“Se correr, o bicho pega. Se ficar, o bicho come” Na volta 31, um roteiro semelhante a tantas outras corridas se repetiu: um duelo acirrado entre Mansell e Senna, com o inglês buscando a ultrapassagem. O Leão cometeu um erro, alargou uma curva, e viu Berger tomar sua posição novamente. O britânico conseguiu recuperar o terceiro lugar duas voltas depois.Líder absoluto da prova com mais de 25 segundos de vantagem para Ayrton, Patrese cometeu o erro que o brasileiro tanto esperava. O italiano rodou sozinho, ficou com as duas rodas traseiras presas na areia e somente conseguiu voltar com um empurrão dos fiscais. Já era tarde demais para o piloto da Williams, que voltaria apenas na sétima posição. Algumas voltas depois, o motor Renault ainda explodiu, tirando-o completamente da corrida.Com o final da prova se aproximando e o título assegurado com a segunda colocação, Mansell mostrou-se mais precavido na corrida e Ayrton começou a disparar na liderança.“Depois de tudo que fiz para chegar até aqui, o Leão só me passa se for por cima. Por dentro ou por fora, não vai ter jeito”
“As Williams desenvolveram um sistema de controle de tração e mudança de marchas que sempre proporciona aos pilotos uma ótima largada. Só mesmo se eles cometerem erros grotescos é que não estarão em primeiro e segundo no final da reta dos boxes”, disse Ayrton aos jornalistas após o treino decisivo.No domingo, logo na primeira volta, Senna ultrapassou Mansell e ficou atrás de Patrese. O Leão não cometeu nenhum erro visível: o mérito foi de uma tática ousada do brasileiro, freando mais tarde e ficando por fora na primeira curva, com chances de sair com a preferência na segunda perna da curva. A tática foi tão boa que até Berger, com a outra McLaren, aproveitou e completou a primeira volta à frente do britânico.Logo depois, Mansell retomou o terceiro lugar e colou na traseira de Ayrton. Mesmo com o ataque feroz do inglês nas voltas seguintes, Ayrton manteve o ritmo, poupando os pneus. Descreveu a situação após a corrida:“Se correr, o bicho pega. Se ficar, o bicho come” Na volta 31, um roteiro semelhante a tantas outras corridas se repetiu: um duelo acirrado entre Mansell e Senna, com o inglês buscando a ultrapassagem. O Leão cometeu um erro, alargou uma curva, e viu Berger tomar sua posição novamente. O britânico conseguiu recuperar o terceiro lugar duas voltas depois.Líder absoluto da prova com mais de 25 segundos de vantagem para Ayrton, Patrese cometeu o erro que o brasileiro tanto esperava. O italiano rodou sozinho, ficou com as duas rodas traseiras presas na areia e somente conseguiu voltar com um empurrão dos fiscais. Já era tarde demais para o piloto da Williams, que voltaria apenas na sétima posição. Algumas voltas depois, o motor Renault ainda explodiu, tirando-o completamente da corrida.Com o final da prova se aproximando e o título assegurado com a segunda colocação, Mansell mostrou-se mais precavido na corrida e Ayrton começou a disparar na liderança.“Depois de tudo que fiz para chegar até aqui, o Leão só me passa se for por cima. Por dentro ou por fora, não vai ter jeito”
O domínio de Senna e Mansell foi tão grande na corrida que
os dois chegaram na frente mesmo fazendo um pit stop, ao contrário dos outros pilotos
da zona de pontuação. O brasileiro cruzou a linha de chegada com 40 segundos de
vantagem para o britânico, que conquistou com grande antecipação o título da
temporada de 1992. Berger ficou com o terceiro lugar.Essa foi a segunda vez que
Senna subiu no degrau mais alto do pódio na temporada. A outra vitória havia
acontecido em Mônaco, onde Senna também aguentou a pressão de Mansell. No final
da corrida em Hungaroring, o piloto da McLaren confessou novamente que não
estava esperando por uma vitória em Budapeste, e que por isso, o 35º triunfo de
sua carreira foi ainda mais gratificante.
“A suspensão deles dá muito mais aderência nas curvas e eles
ganham muito mais velocidade”, explicou Senna. “O que vale mesmo é que
conseguimos mais uma vitória em um ano extremamente difícil”, concluiu Senna
para os jornalistas.
Fonte: História de Ayrton Senna http://www.ayrtonsenna.com.br/piloto/
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