segunda-feira, 22 de outubro de 2018

A temporada de 1990 na Fórmula 1

SENNA QUASE LARGOU A FÓRMULA 1 EM 1990 PARA NÃO TER QUE SE RETRATAR COM PRESIDENTE DA FIA BALESTRE

Fonte: Pedro Taveira IG 30/04/2014



Ex-piloto e colega de Ayrton no grupo "Atletas de Cristo", Alex Dias Ribeiro conta como ajudou a convencer tricampeão a não deixar principal categoria do automobilismo
 


Ayrton Senna era um homem religioso e não fazia questão de esconder isso. Em inúmeras ocasiões, atribuiu a Deus o mérito por suas conquistas na Fórmula 1. Isso não impediu, porém, a rixa com Alain Prost, que em duas vezes terminou em acidentes. Ou ainda a desavença com Jean-Marie Balestre, ex-presidente da FIA (Federação de Automobilismo), que quase acabou com sua carreira na principal categoria do automobilismo.
O caso aconteceu antes da temporada de 1990 da F1. No final do ano anterior, Senna ficou revoltado com a decisão de Balestre de desclassificá-lo do GP do Japão, em Suzuka, após uma batida com Prost. O resultado deu o título do campeonato ao francês e o brasileiro não economizou na hora de disparar críticas ao dirigente. “O Alain Prost provocou aquele acidente porque, se os dois marcassem zero ponto naquela corrida, o Prost seria campeão do mundo. Só que o Ayrton conseguiu voltar e venceu. Com isso, o campeonato estava na mão dele. E aí o Balestre roubou. Roubou mesmo, o desclassificou de forma injusta alegando que ele cortou a chicane. Ele não cortou a chicane. Ele tinha tido um acidente e usou a área de escape pra sair e voltar para a pista de um modo seguro, não podia dar ré. Mas o Balestre interpretou a lei de outra maneira e desclassificou o Ayrton dessa corrida”, relembrou ao iG Esporte Alex Dias Ribeiro, ex-piloto e amigo de Senna. Ribeiro ficou próximo de Ayrton quando o tricampeão, ainda em início de carreira, se juntou ao grupo “Atletas de Cristo”. Condição que foi mantida em segredo nos primeiros meses, eles conversaram sobre Deus durante anos e Senna o tratava como uma espécie de conselheiro. E foi assim que sobrou para Alex a missão de convencer um orgulhoso piloto a pedir desculpas a Balestre para salvar sua carreira.
“O Senna ficou inconformado e botou a boca no mundo. Disse que foi roubado e aí o cara (Balestre) considerou isso desacato a autoridade e deu um gancho pra ele, suspendeu”, contou Ribeiro.
“Só que a opinião pública voltou-se contra o Balestre de forma clamorosa e aí ele providenciou uma saída ‘honrosa’. Disse que se o Ayrton se retratasse pelo desacato, ele revogaria a sentença da suspensão dele para poder disputar o campeonato. E tinha um prazo pra isso, o prazo de inscrição do campeonato”, prosseguiu Alex.
Só que Senna estava irredutível. “Não vou pedir perdão porque o que fizeram comigo é errado”, ele dizia. Até Nuno Cobra, então preparador físico do piloto, ligou desesperado para Ribeiro pedindo que ele conversasse com Ayrton.
“Eu sugeri fazer uma carta dizendo que ele realmente acha que era injusta a punição, que mantinha a opinião dele da injustiça, porém que se retratava de ter desacatado a autoridade. Só isso. E ele falou pra mim: ‘mas onde é que fica minha dignidade ?’ E eu pra ele: ‘onde é que ficou a dignidade de Jesus quando pregaram ele em uma cruz?’. Aí ele virou e disse: ‘mas eu não sou Cristo, pô!”, afirmou Ribeiro.
Como revelou Emerson Fittipaldi ao iG Esporte , a ideia de correr na Fórmula Indy  estava na cabeça de Ayrton. E essa foi uma saída cogitada pelo piloto para não ter que se desculpar com Balestre.
“Eu falei: ‘o que você vai fazer se não for correr de automóvel? Você faz bem isso, é sua profissão’. Ele disse: ‘eu vou pra Fórmula Indy’. Aí eu: ‘mas correr de Fórmula Indy é andar para trás para quem é campeão do mundo de F1’. Passou e ele acabou se entendendo lá com o Balestre. Não sei como é que foram os termos da conversa, mas ele levou a encrenca até a última hora, até o último minuto”, disse Ribeiro.
Vingança na mesma Suzuka
No final da temporada de 1990, Senna conseguiu sua vingança contra Prost. No mesmo GP do Japão, desta vez era o brasileiro quem ficaria com o título se nenhum dos dois pontuasse. E, para conquistar o bicampeonato, Ayrton não hesitou: jogou sua McLaren para cima da Ferrari do francês e ambos abandonaram a prova na primeira curva.
“Eu falei que não era legal ele ser um cristão e ter essa atitude beligerante com o adversário dele, no caso o Prost. E eu falava que isso não estava certo. Mas ele também tinha um senso de justiça muito grande e não se conformava com a bandalheira que era. Então, já que os caras não faziam justiça, ele fazia justiça com as próprias mãos”, explicou Ribeiro.
Ele provocou o acidente no ano seguinte. E foi tão gritante o gesto dele que os caras não tiveram nenhuma moral de puni-lo. Porque punir ele ali seria ter que rever a punição que ele sofreu no ano anterior”, contou Alex.E, mesmo com essas atitudes, Ribeiro disse que não via Senna como uma pessoa teimosa. Em sua opinião, Ayrton era um homem muito dedicado e totalmente comprometido com sua profissão. E um péssimo perdedor.“Era muito fissurado no que ele fazia, com a busca da excelência, de se superar, ganhar tudo. Era um atleta nota dez, não media esforços. E era um péssimo perdedor (risos). O segundo lugar para ele não servia, só o primeiro”, finalizou Alex.

 https://esporte.ig.com.br/automobilismo/2014-04-30/religioso-senna-quase-largou-f1-apos-briga-com-ex-presidente-da-fia-em-1990.html
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era um homem religioso e não fazia questão de esconder isso. Em inúmeras ocasiões, atribuiu a Deus o mérito por suas conquistas na Fórmula 1. Isso não impediu, porém, a rixa com Alain Prost, que em duas vezes terminou em acidentes. Ou ainda a desavença com Jean-Marie Balestre, ex-presidente da FIA (Federação de Automobilismo), que quase acabou com sua carreira na principal categoria do automobilismo.
O caso aconteceu antes da temporada de 1990 da F1. No final do ano anterior, Senna ficou revoltado com a decisão de Balestre de desclassificá-lo do GP do Japão, em Suzuka, após uma batida com Prost. O resultado deu o título do campeonato ao francês e o brasileiro não economizou na hora de disparar críticas ao dirigente.
Fonte: Esporte - iG @ https://esporte.ig.com.br/automobilismo/2014-04-30/religioso-senna-quase-largou-f1-apos-briga-com-ex-presidente-da-fia-em-1990.html
era um homem religioso e não fazia questão de esconder isso. Em inúmeras ocasiões, atribuiu a Deus o mérito por suas conquistas na Fórmula 1. Isso não impediu, porém, a rixa com Alain Prost, que em duas vezes terminou em acidentes. Ou ainda a desavença com Jean-Marie Balestre, ex-presidente da FIA (Federação de Automobilismo), que quase acabou com sua carreira na principal categoria do automobilismo.
O caso aconteceu antes da temporada de 1990 da F1. No final do ano anterior, Senna ficou revoltado com a decisão de Balestre de desclassificá-lo do GP do Japão, em Suzuka, após uma batida com Prost. O resultado deu o título do campeonato ao francês e o brasileiro não economizou na hora de disparar críticas ao dirigente.
Fonte: Esporte - iG @ https://esporte.ig.com.br/automobilismo/2014-04-30/religioso-senna-quase-largou-f1-apos-briga-com-ex-presidente-da-fia-em-1990.h

A TEMPORADA DE 1990 DA FÓRMULA 1

Em 1990 , no mesmo circuito e com os dois pilotos novamente disputando o título mundial, Senna tirou a pole de Prost. A Ferrari de Prost fez uma largada melhor e pulou à frente da McLaren de Senna, que antes mesmo da largada havia declarado que não permitiria uma ultrapassagem de Prost. Na primeira curva, Senna tocou a roda traseira de sua McLaren na Ferrari de Alain Prost a 270 km/h (170 mph), levando os dois carros para fora da pista. Ao contrário do ano anterior, desta vez o abandono dos pilotos deu a Senna o seu segundo título mundial. A temporada também reservou um momento inusitado na história da Fórmula 1. Em setembro daquele ano, durante o GP de Monza, na Itália, Senna fez uma aposta com o chefe de equipe Ron Dennis. O chefe da McLaren não acreditava na vitória de Ayrton dentro da casa da Ferrari. O brasileiro decidiu propor uma aposta com Ron: caso conseguisse a vitória, ele ganharia o carro do triunfo de presente. Além de ter vencido a corrida, Senna fez a pole position, marcou a volta mais rápida da prova e liderou de ponta a ponta, sem dar chances para a Ferrari de Alain Prost, seu rival na disputa pelo título daquela temporada, que terminou na segunda colocação. A McLaren foi recebida pela família do piloto e hoje faz parte do acervo do Instituto Ayrton Senna
Wikipedia
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SENNA UM HERÓI E SEUS ENIGMAS. SENNA CONFIRMA PARTICIPAÇÃO NA TEMPORADA DE 1990 APÓS DESENTENDIMENTO COM BALESTRE

Fonte:  http://www.ayrtonsenna.com.br/senna-um-heroi-e-seu-enigmas-uma-materia-historica-em-1990/

Em fevereiro de 1990, Ayrton Senna foi capa da Revista Veja, onde o principal assunto era a sua confirmação para disputar a temporada daquele ano após as discussões políticas com os cartolas da F-1. Depois da polêmica decisão do Campeonato Mundial de 1989, onde Alain Prost foi declarado campeão após a manobra de Jean-Marie Balestre para excluir Ayrton Senna do GP do Japão,  o piloto brasileiro viveu dias difíceis nas férias e durante a pré-temporada daquele que viria a ser o ano do seu segundo título mundial.
A matéria com sete páginas aproveita algumas declarações de pessoas próximas a Senna para tentar estabelecer um perfil do piloto brasileiro. O piloto Nigel Mansell, o narrador Galvão Bueno, a irmã Viviane Senna, o ex-piloto Jackie Stewart, o mecânico Tchê e o empresário Braguinha foram alguns dos entrevistados que citaram algumas das características marcantes do piloto.
CARTAS DE SENNA
Numa carta escrita em inglês, o piloto brasileiro voltou atrás nas acusações de manipulação em favor do campeão, o francês Alain Prost, que fizera à Fisa no final do campeonato do ano passado, gerando os violentos atritos com Balestre que quase o tiraram temporariamente das pistas. “Durante a reunião do Conselho Mundial da Fisa que teve lugar em dezembro do ano passado ouvi declarações e testemunhos de diversas pessoas, e deles pode-se concluir que nenhum grupo de pressão ou o presidente da Fisa influenciaram nas decisões relativas aos resultados do Campeonato Mundial de Fórmula 1 de 1989”, escreveu Senna, satisfazendo a exigência de retratação pública feita por Balestre e colocando fim pelo menos por enquanto à guerra de nervos que travou com a Fisa.
RESPOSTA DE BALESTRE
Balestre fez questão de divulgar com estardalhaço a carta de Senna. No comunicado oficial do começo da tarde, que colocava Senna ainda em situação irregular, Balestre se justificou. “Em nenhum momento exigi que Senna se humilhasse”, escreveu o cartola. “Simplesmente pedi a ele que reconhecesse o fato de estar mal informado.” Os momentos finais da batalha foram de alta tensão. O mundo da velocidade dormiu na quinta-feira passada sem saber se Senna cumpriria as exigências de Balestre. Durante pelo menos duas horas acreditou-se que o brasileiro estava fora do campeonato. Quando o cabo-de-guerra pareceu arrebentar pelo lado do piloto, a roda-viva milionária da Fórmula 1 entrou em cena numa ação fulminante. Os japoneses fabricantes do motor Honda da McLaren, que só no ano passado gastaram 400 milhões de dólares na Fórmula 1, avisaram ao chefe da equipe McLaren, Ron Dennis, que não queriam correr o menor risco de dois turrões atrapalharem seu negócio.
IMAGEM PÚBLICA
Senna sempre cuidou de revestir a vida e a carreira de muita publicidade, mas sempre uma publicidade em que ele mantém estrito controle sobre tudo. Suas respostas a perguntas diretas são sempre evasivas e sugerem algo mais do que foi dito. Quando se encontra no Brasil ele está sempre fugindo, se escondendo na casa dos pais, na fazenda ou na casa de conhecidos. Poucos são seus amigos íntimos e na casa dos pais, em São Paulo, ainda divide o mesmo quarto com o irmão menor. “Agora estou pensando em comprar um apartamento para ficar quando vier ao Brasil”, diz Senna. Na Fórmula 1, um ambiente em que é difícil fazer amigos e fácil perdê-los, Senna perdeu quase todos. De toda a caravana de equipes com mecânicos e pilotos, somente um deles, Thierry Boutsen, da Williams, mantém com Senna relações sociais mais constantes. Desde 1985 eles regularmente viajam juntos durante as férias.
AYRTON POR VIVIANE

– “O Ayrton sabe que sua imagem é forte e que cativa as pessoas”, diz Viviane Lalli, 32 anos, psicóloga, irmã do piloto e mãe de Bianca, 10 anos, Bruno, 6 anos, e Paula, de 4, companheiros constantes de Ayrton Senna quando ele está no Brasil. “Ele tem uma carinha de cachorro vira-lata, um rosto que sugere afeto e bondade e que cativa os corações.” Viviane conta que nas épocas em que Senna está mal no campeonato ou que enfrenta problemas de saúde – como quando teve uma paralisia facial há três anos – ele recebe dezenas de cartas de apoio. “É engraçado, mas a maioria das cartas é de mães que dispensam a ele o mesmo carinho que a um filho”, diz Viviane. Ele recorre sempre à irmã quando está em dificuldades. Por acaso ela estava a seu lado no motor-home da McLaren quando Senna soube da morte de Armando Botelho. “Ele chorou copiosamente, depois foi para Mônaco e passou dias de luto sentindo muito a morte do amigo”, conta Viviane. “Sinto que meu irmão não se contenta em ser piloto, apenas ele quer mais alguma coisa, sempre quer mais alguma coisa.”
Senna por Galvão Bueno
“A melhor definição do Ayrton quem me deu foi o jornalista português Domingos Piedade, que cobre a Fórmula 1”, diz Galvão Bueno, locutor da Rede Globo. “Ele disse que o Ayrton é um ET, um ser de outro planeta cuja dedicação ao trabalho não é igualada por nenhum outro piloto.” Na definição de Piedade, “Ayrton trabalha 24 horas por dia, e Prost só perde para ele porque trabalha dezessete e dorme as outras sete”. Não é fácil o convívio com o piloto brasileiro. “Ele escuta mas não ouve”, diz Galvão Bueno. “E se desliga com a maior facilidade quando o assunto não lhe interessa.” E o mais frequente é os assuntos dos mortais comuns não lhe interessarem. “Conversa com ele tem que falar sobre motores e carros, senão não engrena”, diz Lucio Pascual Gascon, o “Tché”, um espanhol de 53 anos que montou o primeiro motor para Senna, um Parrilla italiano que ele guarda em sua oficina paulistana até hoje. Numa carta enviada ao Tché, da Inglaterra, nos seus tempos de Fórmula Ford, só há algumas palavras compreensíveis aos não entendidos – no restante Senna só fala de bielas, chassis, eixos, potências e pneus.






http://www.ayrtonsenna.com.br/senna-um-heroi-e-seu-enigmas-uma-materia-historica-em-1990/

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BALESTRE RECONHECE QUE ROUBOU VITÓRIA DE AYRTON SENNA PARA FAVORECER ALAIN PROST EM SUZUKA 1990

Balestre devolve título surrupiado de Senna
BARBARA GANCIA
COLUNISTA DA FOLHA
Fonte: FOLHA DE SÃO PAULO 08/11/1996
Que Jean-Marie Balestre não passa de um canalha, nenhum amante do automobilismo tinha a menor dúvida.
Mas, depois de sua declaração, terça-feira, em Paris, de que ele teria usado de sua autoridade suprema para desclassificar Ayrton Senna do GP de Suzuka de 1989 a fim de "dar uma mãozinha" a seu conterrâneo, o francês Alain Prost, que acabou levando o título mundial da temporada, chamar o ex-presidente da Fisa de porco imundo passa a ser considerado ofensa grave contra qualquer suíno.
Pior do que a trapaça que acaba de vir à tona, são os motivos obscuros que levaram Jean-Marie Balestre a revelar publicamente a tramóia.
Eu explico: o "board" da antiga Fisa, hoje FIA, entidade que comanda o esporte no mundo, é composto por representantes de todos os países que promovem competições internacionais. Trata-se de uma entidade da máxima seriedade, cuja estrutura não permite que um dirigente possa armar uma tramóia dessa magnitude e ficar tudo por isso mesmo.
Na minha modestíssima opinião, são três os motivos que podem ter levado Balestre a fazer a surpreendente revelação: ele estava com saudades das páginas dos jornais, quer denegrir a FIA ou então brigou com Alain Prost.
Sim, pois, na prática, o que Balestre fez foi manchar de forma irremediável o currículo de seu amiguinho piloto. De agora em diante, os quatro títulos de Alain Prost passam a ter o mesmo valor que os três de Ayrton Senna.
Claro, qualquer um que tenha tido o privilégio de assistir a um Grande Prêmio com chuva disputado por Prost e Senna sabe quem era o melhor piloto entre os dois.
Dava até pena ver Prost escorregando na caixa de brita ou enchendo o guard-rail enquanto Ayrton voava para a vitória. E, com carros iguais, Senna sempre mostrou mais braço nos treinos.
Mas Prost detém o recorde de vitórias e só Fangio tem mais títulos do que ele.
Balestre também tem lá seus méritos. Entrou para a história por ter criado regras que tornaram a F-1 mais segura.
Enquanto isso, Ayrton teve de pedir desculpas públicas ao dirigente para poder correr na temporada seguinte. E não está aqui agora para confirmar que, moralmente, foi o campeão mundial de 1989.

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