ANTOLOGICA IMAGEM DE CARONA DE
SENNA NO CARRO DE MANSELL
O desafio de
Ayrton Senna na Inglaterra também era o de andar na frente das Williams,
claramente em vantagem contra a sua McLaren. A corrida era a oitava do ano e
marcava exatamente o meio da temporada. Até chegar a Silverstone, a vantagem de
Ayrton para Mansell era relativamente confortável. O brasileiro tinha 48
pontos, contra 23 do britânico. Ayrton conquistou as quatro primeiras corridas
em 1991, mas vinha de três etapas sem conseguir subir no lugar mais alto do
pódio.Assim como no Grande Prêmio da França, prova anterior, o brasileiro
conseguiu enfileirar-se entre os carros de Nigel Mansell, o pole position, e
Riccardo Patrese, o terceiro colocado.Na largada, uma nova esperança: Senna
conseguiu pular na frente, mas logo na primeira reta, Mansell passou fácil pela
McLaren do brasileiro e disparou para uma vitória incontestável. Patrese largou
mal e ainda sofreu um toque na sua traseira. Terceiro no campeonato, o italiano
praticamente não tinha mais como se recuperar no campeonato após ter que
abandonar em Silverstone.“Parecia que o Mansell acelerava um motor turbo e eu,
um aspirado” Ayrton ainda tentou arriscar uma estratégia diferente para
surpreender os adversários. Foi o único entre os cinco primeiros que não parou
para trocar pneus durante a corrida. Sabendo que em reta ele não tinha como
competir com a Williams, tentou garantir a segunda posição, com Gerhard Berger,
seu companheiro de equipe, bem atrás.O que Ayrton não contava é que novamente o
consumo de combustível seria o problema da McLaren. Após completar 58 voltas na
segunda posição, o carro parou na última volta enquanto o painel ainda informava
ter combustível de sobra. O pódio acabou caindo no colo de Alain Prost, que
levava sua Ferrari aos trancos e barrancos em uma temporada desastrosa da
equipe italiana. Já eram mais de 10 meses sem triunfos dos “tifosi”, torcedores
da Ferrari.Na volta de desaceleração de Mansell, o piloto da Williams parou em
frente à McLaren de Ayrton. O brasileiro colocou a perna direita dentro do
carro do britânico, agarrou no “Santo Antônio” do carro e pegou uma caronas que
gerou uma das imagens mais simbólicas da Fórmula 1. Um fiscal de pista até
tentou impedir a cena por questão de segurança, mas naquela altura não havia
ninguém que fosse capaz de não se emocionar com aquele momento: duas lendas da
Fórmula 1 dividindo literalmente o mesmo carro. Nos dias atuais, este tipo de
manobra é proibida pelo regulamento.Mesmo com uma volta a menos, Senna ainda
ficou com o 4º lugar na prova, já que do quinto (Nelson Piquet) para trás,
todos já haviam tomado uma volta de Mansell. O britânico, exatamente no GP da
Inglaterra do ano anterior, havia dito que estava prestes a encerrar a carreira
por estar desmotivado na Ferrari. Um ano depois, a história mostrou que o
roteiro seria completamente diferente na Williams.O que Ayrton Senna só revelou
aos engenheiros da Honda após a prova, é que novamente foi uma falha eletrônica
que causou o abandono. Ao contrário do problema apresentado na França, quando o
painel acusou uma falsa pane seca após o brasileiro cruzar a linha de
chegada.“Foi uma decepção perder o segundo lugar na última volta, quando chegar
em terceiro já era uma vitória” No fim, ainda deu um alerta nos técnicos da
equipe:“Se não estivermos em igualdade técnica com a Williams em três corridas,
o campeonato estará perdido” Mesmo sendo a primeira vez na temporada que Ayrton
não subia no pódio, a liderança do campeonato ainda estava mantida, agora com
18 pontos de diferença (51 a 33 para Senna).
Fonte: História de Ayrton Senna http://www.ayrtonsenna.com.br/piloto/
Fonte: História de Ayrton Senna http://www.ayrtonsenna.com.br/piloto/
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