terça-feira, 23 de outubro de 2018

130º GP Espanha Catalunya 1992



Ayrton Senna abriu o jogo com a equipe. Foi firme e avisou que teriam que fazer muita coisa para manter o número 1 no carro – reservado ao campeão.
Depois, saiu para a pista e admitiu que guiou de forma estranha na Catalunha. A situação de inferioridade em relação à Williams obrigava-o a correr no limite para ter algum prazer em pilotar:“Senão, onde vou encontrar motivação para continuar brigando e me expondo aos riscos da Fórmula 1?” Ele largaria outra vez em terceiro e sem o motor com 50cv extras prometido pela Honda. Como começou a garoar pouco antes da corrida, Senna mandou colocar os pneus de chuva e fazer outros acertos no chassi.Saiu mal e partiu com tudo, pois, embora soubesse dos riscos, corria para ser segundo. “Era a única posição que me interessava naquela altura do campeonato”, resumiu.Rodou duas vezes. Na primeira, deixou o carro deslizar na brita e voltou à pista, valendo-se de sua experiência. Na segunda, desistiu.“A única coisa que me passou pela cabeça no instante da derrapagem foi a lembrança do acidente do México no ano anterior. De novo não, pensei. Só faltava bater de frente, me machucar” Ayrton Senna saiu do carro a três voltas do fim e assistiu a mais uma vitória de Nigel Mansell na temporada, agora ladeado por Michael Schumacher (Benetton) e Jean Alesi (Ferrari) no pódio.


 Fonte: História de Ayrton Senna    http://www.ayrtonsenna.com.br/piloto/

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