Ayrton Senna abriu o jogo com a equipe. Foi firme e avisou
que teriam que fazer muita coisa para manter o número 1 no carro – reservado ao
campeão.
Depois, saiu para a pista e admitiu que guiou de forma
estranha na Catalunha. A situação de inferioridade em relação à Williams
obrigava-o a correr no limite para ter algum prazer em pilotar:“Senão, onde vou
encontrar motivação para continuar brigando e me expondo aos riscos da Fórmula
1?” Ele largaria outra vez em terceiro e sem o motor com 50cv extras prometido
pela Honda. Como começou a garoar pouco antes da corrida, Senna mandou colocar
os pneus de chuva e fazer outros acertos no chassi.Saiu mal e partiu com tudo,
pois, embora soubesse dos riscos, corria para ser segundo. “Era a única posição
que me interessava naquela altura do campeonato”, resumiu.Rodou duas vezes. Na
primeira, deixou o carro deslizar na brita e voltou à pista, valendo-se de sua
experiência. Na segunda, desistiu.“A única coisa que me passou pela cabeça no
instante da derrapagem foi a lembrança do acidente do México no ano anterior.
De novo não, pensei. Só faltava bater de frente, me machucar” Ayrton Senna saiu
do carro a três voltas do fim e assistiu a mais uma vitória de Nigel Mansell na
temporada, agora ladeado por Michael Schumacher (Benetton) e Jean Alesi
(Ferrari) no pódio.
Fonte: História de Ayrton Senna http://www.ayrtonsenna.com.br/piloto/
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