quinta-feira, 25 de outubro de 2018

GP San Marino treinos de sexta-feira e o acidente com Barrichello - 29/04/1994




O QUANTO O ACIDENTE DE RUBENS BARRICHELLO PODE TER AFETADO SENNA EM SUA MORTE DOIS DIAS DEPOIS EM ÍMOLA


Fonte: Livio Orichio Acidente de Rubinho faz Senna cair no choro em Ímola "o que você não sabe sobre a morte de Senna 20 anos depois"
O clima de apreensão para Senna no GP de San Marino cresceu ainda mais no começo da sessão de classificação da sexta-feira à tarde. Logo no início do treino, as imagens nas TV do circuito focalizaram um carro com as rodas para cima, em um local ainda não identificável. Quando um monoposto capota, há sempre uma tensão natural pelo fato de a cabeça do piloto, apesar do "santantônio”, dianteiro e traseiro, estar exposta. Não dava para saber quem se acidentara tão feio. O santantônio é uma barra que se destina a proteger a cabeça do piloto no caso de capotamento. Na F1, a tomada de ar, acima da cabeça do piloto, exerce essa função. Em seguida, a TV expôs o VT do que se passara. Era Rubens Barrichello, jovem piloto brasileiro de 21 anos, tido na F1 como um talento nato àquela altura. O seu voo na Variante Baixa foi de assustar. Desacordado, nos instantes iniciais do socorro médico e as consequências pareciam graves. Todo mundo na F1 temia o brusco corte nos recursos eletrônicos naquela temporada. "É um risco tornar os carros menos guiáveis sem diminuir a potência dos motores", afirmou, na época, o ainda bem conceituado projetista John Barnard, autor de carros campeões na McLaren e criador de várias soluções técnicas ainda hoje empregadas na F1, como o pioneirismo na utilização dos materiais compósitos, a exemplo da fibra de carbono. Aquele acidente com Rubinho levantara de imediato a questão. Senna, como muita gente no paddock, foi até o ambulatório médico instalado muito próximo de onde Rubinho bateu, antes do primeiro box. Eu estava a uns 20 metros da entrada, no limite da área isolada pelos organizadores quando vi Senna passar por mim em direção aos médicos. Sua expressão era muito tensa. Caminhava rapidamente. O dono da equipe Jordan, o irlandês Eddie Jordan, passara por ali instantes antes e pude ouvi-lo dizer a Geraldo Rodrigues, empresário de Rubinho, para telefonar para o pai do piloto a fim de avisá-lo do acidente.
Até então se imaginava que algo de mais sério teria acontecido com Rubinho, afinal, ele bateu a cerca de 200 km/h no muro, com o carro voando sobre os pneus. Não demorou muito, uns 10 minutos, e Senna deixou o ambulatório rapidamente. Ele tinha os olhos marejados.
Eu já havia vivido situação semelhante, em 1990, em Jerez de la Frontera, quando Senna foi até a pista acompanhar a assistência médica ao irlandês Martin Donnely, da Lotus, que sofrera o mais impressionante acidente que já vi pessoalmente na F1 ..Senna também chorou em Ímola, por causa de Rubinho. "Por favor, me deixem passar, ele parece que está bem, está bem", se limitou a nos falar. Estávamos na porta do ambulatório....O treino ficou paralisado por 22 minutos, o Show tem que continuar e as noticias sobre Rubinho eram tranquilizadoras...   Os pilotos voltaram a disputar a classificação, fazia calor, 28 graus e Senna conseguiu ser o mais veloz. Depois disse:"Tivemos um treino caótico, o acidente do Rubinho afetou a todos. Não consegui dar uma única volta bem feita, quando acertava aqui, errava ali", afirmou Senna. "No final, ser o mais veloz é ótimo, acima do que eu poderia esperar",... 


https://esporte.uol.com.br/f1/ultimas-noticias/2014/04/28/capitulo-5-acidente-de-rubinho-faz-senna-cair-no-choro-em-imola.htm
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 SENNA LARGA TUDO E VAI AO CENTRO MÉDICO VER RUBINHO
Fonte: blog Ayrton Senna Vive 12/05/2013 
Com o desastre de Rubens Barrichello, Senna  ficara transtornado. Naquele dia, ele treinou até 11h15 da manhã e comeu a dieta preparada por seu fisioterapeuta, Joseph Leberer. Voltou a treinar à 1 da tarde e largou tudo quando soube do acidente de Rubinho. Foi correndo até o centro médico do autódromo. Tentou entrar pela porta da frente, mas foi barrado. "Ninguém barrava Ayrton Senna para nada. Foi a primeira vez que vi isso acontecer. Ele ficou ainda mais nervoso", lembra Ricardo Tedeschi, outro dos auxiliares de Rubinho. Inconformado, Senna pulou o muro dos fundos e chegou até o ambulatório onde estava Rubinho. "Oh, garotão", disse Senna, pegando na mão de Rubinho. "Você está bem, fique tranqüilo, falei com os médicos." Ao sair, Senna estava com o rosto pálido. "Ele segurou forte no meu braço e só repetiu: 'Ele tá bem, ele tá bem'", diz Tedeschi. Cercado pela imprensa, Senna deu uma entrevista inusitada. Em menos de um minuto com os repórteres, disse sete vezes "ele tá bem, ele tá bem".
http://ayrtonsennavive.blogspot.com/2013/05/o-medo-de-ayrton-senna-nos-ultimos-dias.html 

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SENNA VISITA BARRICHELLO, TRANSFERIDO PARA O HOSPITAL MAGGIORE
Senna visita o amigo no hospital Rubinho fora transferido para o Hospital Maggiore de Bolonha, a cerca de 50 quilômetros de Ímola, para exames mais detalhados. Senna apressou as suas reuniões com a equipe Williams, depois da classificação , para ir até o hospital visitar o amigo. Pouco tempo antes daquele GP na Itália, Rubinho e Senna passaram vários dias juntos no Japão, em Tóquio, antes de embarcar para Aida a fim de disputar a segunda prova do campeonato "demos muitas risadas na Disney"..
Geraldo Rodrigues me contou que Senna estava interessado em saber o estado de saúde de Rubinho e estava apreensivo. O Hospital Maggiore é público e Rubinho dividiu o quarto com outras duas pessoas. Quando entrei no quarto, no início da noite, vi Senna e fiquei surpreso com a presença desses pacientes no mesmo local. Rubinho dormia. Tinha o rosto bastante inchado pela fratura no nariz.
Imaginei, na hora, como os europeus reagiriam se, no GP do Brasil, um piloto acidentado fosse levado ao Pronto Socorro do Hospital das Clínicas e, depois, permanecesse em observação na enfermaria, junto de outros doentes. Provavelmente a corrida não seria mais disputada no País..

A sexta-feira terminou para Senna ainda pior do que começara. O acidente de Rubinho o afetara visivelmente. Pude acompanhar o seu trabalho na Williams, depois, até onde nos é permitido chegar, na frente dessas garagens. Com toda certeza Senna estava abalado. Ele mesmo confessou ter cometido vários erros na pista
 https://esporte.uol.com.br/f1/ultimas-noticias/2014/04/28/capitulo-5-acidente-de-rubinho-faz-senna-cair-no-choro-em-imola.htm

  Imagens fortes do acidente que quase matou Rubens Barrichello nos treinos de Sexta-feira


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Última entrevista foi na sexta-feira
FLAVIO GOMES
DO ENVIADO ESPECIAL
Fonte: FOLHA DE SÃO PAULO 02/05/1994
Depois da morte de Roland Ratzenberger, no sábado, Ayrton Senna não falou mais à imprensa. Sua última entrevista foi concedida na sexta-feira(29/04), após o primeiro treino oficial do GP de San Marino, no qual conquistou a pole provisória.
Antes da corrida de ontem(01/05), ele se reuniu com Schumacher, Gerhard Berger e Michele Alboreto. Estava preocupado com a segurança, depois de assistir ao acidente de Rubinho e à morte de Ratzenberger.
Marcaram uma reunião para a sexta-feira do GP de Mônaco, daqui a duas semanas. Levariam sugestões dos pilotos aos dirigentes da F-1.
Ayrton estava consternado pelo acidente com Rubens Barrichello, momentos antes. E quase não falou sobre o desempenho de seu carro, que tinha modificações aerodinâmicas e na suspensão dianteira para a corrida de Imola.
Senna preferiu se fixar nas questões de segurança. Disse que sem os equipamentos eletrônicos proibidos pela FIA, os carros de Fórmula 1 ficaram muito perigosos.
"Hoje eles têm poucos recursos, estão muito difíceis de controlar", disse Senna. "O problema maior é que o comportamento do carro varia de volta para volta. Fica muito inconstante."
Senna falou que em nenhum momento, naquele dia, se sentiu seguro ao dirigir. "Não fiz nenhuma volta tranquila, nenhuma volta boa. Se acertava numa curva, errava em outra."
Desde os primeiros testes com a Williams, Ayrton reclamava da falta de equilíbrio e constância de seu carro. "Nós fomos a equipe que mais perdeu com o novo regulamento", dizia.
Sem a ajuda da eletrônica, a Williams passou a ter um carro tão falível quanto os outros. Entre as equipes de ponta, era a que mais sofria em pisos irregulares e ondulados.



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