A sina da temporada continuava também em Mônaco. Nigel
Mansell havia vencido todas as corridas saindo da pole position e Ayrton Senna,
por mais que lutasse, não conseguia andar mais rápido que as Williams nos
treinos. Com seu FW14b “de outro planeta”, o inglês virou a marca de
1min19s495, incríveis 1s1 mais rápido Ayrton, que largou em terceiro.Senna não
estava exatamente feliz com a posição, mas tinha um plano para superar Patrese
na largada e, valendo-se de sua experiência de quatro vitórias anteriores no
circuito de Monte Carlo, pressionar o líder Mansell.Sua estratégia era fazer
uma saída rápida, dando um pulo à frente de Patrese. Em posição de pista, mesmo
saindo de terceiro, levava a vantagem de ficar por dentro na primeira curva do
traçado, a “Saint Devote”. Na luz verde, o brasileiro executou seu plano: mesmo
sem uma grande largada, conseguiu superar o italiano da Williams por causa de
seu preferência na pista.“Para ser bem sincero, poderia ter ultrapassado também
o Mansell na freada. O que me faltou mais ousadia. Não acreditei que eles
fossem brecar tão antes da curva e só me empenhei em vencer o Patrese.”Na
sequência da corrida, Ayrton Senna teve dois comportamentos distintos durante a
prova. No começo, foi frio o suficiente para poupar os pneus, atitude que
poderia fazer a diferença no sinuoso circuito de Mônaco. Levou o carro com
extrema atenção.“Eu gritava: preste atenção, olha a concentração, não se
distraia, idiota.”Ayrton só passou aperto quando viu o Footwork de Michele
Alboreto atravessado na curva Mirabeau. Ali o brasileiro teve que se virar para
não perder ainda mais tempo para Mansell, que começava a desgarrar. Senna teve
que parar, engatar a primeira marcha e, com isso, perdeu 10 segundos na
manobra. Menos mal que já tinha aberto tempo suficiente para Patrese para
manter a segunda colocação.Mas, no fim, o circuito que é tão especial para a
carreira de Ayrton Senna teria mais uma de suas reviravoltas, comuns nos GPs de
F-1.
Tudo parecia se encaminhar para mais uma vitória de Mansell, mas tudo mudou quando o inglês teve uma porca solta de uma de suas rodas. Com isso, foi obrigado a diminuir muito a velocidade e entrar nos pits para troca de pneus. Com o problema, Senna, mesmo estando bem atrás, assumiu a ponta da prova e já pensava: “Ah, vou correr para vencer”.As últimas voltas da corrida foram das mais emocionantes da história do GP de Mônaco, com final espetacular. O brasileiro teve que segurar a Williams muito superior a sua McLaren – e ainda por cima de pneus novos. Senna teve que fechar a porta, mudar traçados, fazer o possível e o impossível, sempre com Mansell colado em seu aerofólio traseiro e, com a proeza de conseguir aparecer “em seus dois retrovisores”, como mais tarde o brasileiro diria.Senna conseguiu superar toda a pressão e venceu pela quinta vez no Principado, igualando a marca de Graham Hill que já perdurava por 22 anos. Riccardo Patrese foi o terceiro, Michael Schumacher o quarto, Martin Brundle o quinto e Bertrand Gachot, da modesta Larrousse, fechou a zona de pontuação.“Ressuscitei com a quinta vitória em Mônaco, porém, o carro ainda é muito inferior às Williams”, disse Senna. “O carro estava melhor na corrida do que nas qualificações, mas não dava para pensar sequer em bater o Nigel. Assim, procurei me manter o mais próximo possível, pois nesta pista pode sempre ter imprevistos, e convinha estar em posição de aproveitar, como aconteceu. Quando fiquei à frente, os meus pneus já estavam muito gastos e esperei que o Nigel, que tinha pneus novos, se aproximasse rapidamente, mesmo sem saber muito bem como poderia segurar a minha vantagem no comando. Tive que me valer do conhecimento sobre Mônaco e tudo foi bastante emocionante. Sabia que o Nigel tentaria tudo para me ultrapassar e era mais rápido em todos os pontos do circuito, por isso apenas procurei manter-me dentro da pista e no lugar certo. Na reta, o carro parecia um “dragster”, com os pneus patinando em segunda, terceira e quarta, mas mesmo assim consegui ganhar. Senti-me feliz em domar o Leão.”
Tudo parecia se encaminhar para mais uma vitória de Mansell, mas tudo mudou quando o inglês teve uma porca solta de uma de suas rodas. Com isso, foi obrigado a diminuir muito a velocidade e entrar nos pits para troca de pneus. Com o problema, Senna, mesmo estando bem atrás, assumiu a ponta da prova e já pensava: “Ah, vou correr para vencer”.As últimas voltas da corrida foram das mais emocionantes da história do GP de Mônaco, com final espetacular. O brasileiro teve que segurar a Williams muito superior a sua McLaren – e ainda por cima de pneus novos. Senna teve que fechar a porta, mudar traçados, fazer o possível e o impossível, sempre com Mansell colado em seu aerofólio traseiro e, com a proeza de conseguir aparecer “em seus dois retrovisores”, como mais tarde o brasileiro diria.Senna conseguiu superar toda a pressão e venceu pela quinta vez no Principado, igualando a marca de Graham Hill que já perdurava por 22 anos. Riccardo Patrese foi o terceiro, Michael Schumacher o quarto, Martin Brundle o quinto e Bertrand Gachot, da modesta Larrousse, fechou a zona de pontuação.“Ressuscitei com a quinta vitória em Mônaco, porém, o carro ainda é muito inferior às Williams”, disse Senna. “O carro estava melhor na corrida do que nas qualificações, mas não dava para pensar sequer em bater o Nigel. Assim, procurei me manter o mais próximo possível, pois nesta pista pode sempre ter imprevistos, e convinha estar em posição de aproveitar, como aconteceu. Quando fiquei à frente, os meus pneus já estavam muito gastos e esperei que o Nigel, que tinha pneus novos, se aproximasse rapidamente, mesmo sem saber muito bem como poderia segurar a minha vantagem no comando. Tive que me valer do conhecimento sobre Mônaco e tudo foi bastante emocionante. Sabia que o Nigel tentaria tudo para me ultrapassar e era mais rápido em todos os pontos do circuito, por isso apenas procurei manter-me dentro da pista e no lugar certo. Na reta, o carro parecia um “dragster”, com os pneus patinando em segunda, terceira e quarta, mas mesmo assim consegui ganhar. Senti-me feliz em domar o Leão.”
Fonte: História de Ayrton Senna http://www.ayrtonsenna.com.br/piloto/
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