terça-feira, 23 de outubro de 2018

112º GP Brasil Interlagos 1991 28ª vitória de Senna na Fórmula 1. Senna enfim vence em casa



Ayrton Senna completou 31 anos na antevéspera da corrida, mas não quis festa. Seu maior presente seria a primeira vitória no Grande Prêmio do Brasil, ainda mais em Interlagos, uma pista que ajudou a redesenhar e que até hoje ostenta uma curva em sua homenagem.Dormiu cedo e sonhou. Sonhou que corria sozinho e era cada vez mais veloz. Acordou sorrindo e voltou a dormir. O sonho voltou, e agora ele reconhecia as curvas de Interlagos a bordo de sua potente McLaren.Nos treinos, Ayrton Senna assistiu à evolução das velozes Williams, que dariam trabalho durante a temporada com a dupla Nigel Mansell e Riccardo Patrese. Mas foi mais competente que o time inglês e conquistou a pole position. Largou confiante no domingo. Estudou cada movimento que faria na corrida para vencer pela primeira vez em Interlagos. Chegou à 65a volta sem sustos.De repente, a terceira marcha escapou. O piloto brasileiro tentou engatar então a quarta e ela não entrou. A caixa de câmbio estava quebrando. Não, não poderia acabar assim.
Sentiu um frio na barriga. Não lembrava depois se rezou ou se soltou um palavrão na hora. As placas na reta dos boxes informaram que faltavam seis voltas, e Ayrton Senna mantinha sete segundos de vantagem para Patrese. Respirou fundo e pensou:“Vai dar, vai dar” Percorreu mais duas voltas e viu a vantagem diminuir para quatro segundos. Para piorar, perdeu também a quinta marcha. Foi quando não olhou mais para as placas e acelerou, apenas acelerou com o que tinha.“Só voltei à realidade quando vi a bandeirada. Aí senti um imenso prazer em viver, em estar em Interlagos, na minha terra e vendo a minha gente feliz. Não foi a maior vitória da minha vida, mas foi a mais sacrificada.” Seu esforço foi tão grande que o piloto, exaurido, não conseguia sair do carro. Escoltado, subiu ao lugar mais alto do pódio diante da festa geral. Juntou todas as forças que lhe restavam para levantar pela primeira vez o troféu no Brasil.
“Se esse era o preço de ganhar no Brasil, foi barato. Valeu!” 

 Fonte: História de Ayrton Senna    http://www.ayrtonsenna.com.br/piloto/
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Fonte: Vinny Alves 
Hoje, 24 de março de 2016, completa-se as bodas de prata da inesquecível vitória de Ayrton Senna no GP Brasil de 1991, a primeira do tricampeão em solo brasileiro, depois de passar anos batendo na trave.
A vitória foi de maneira dramática, difícil, que para muitos mortais seria impossível de conseguir naquelas condições. Mas para Senna, nada era impossível e aquela vitória não poderia escapar novamente de suas mãos.
O brasileiro completou a prova apenas com a sexta marcha, após ter problemas no câmbio. Ele segurou, literalmente no braço o carro e a aproximação ameaçadora de Ricardo Patrese com sua Williams.
Embaixo de uma garoa que caiu no Autódromo de Interlagos nas últimas voltas Ayrton completou as 71 voltas e seu grito de desabafo, após cruzar a linha de chegada, fora ouvido pelo rádio. Um grito de um menino que sempre sonhou em fazer história ali naquele circuito.
Após fazer o S do Senna aos prantos e berros, Senna encostou sua McLaren ao lado de um fiscal de pista e pegou uma bandeira do Brasil. Porém, como o carro só tinha a sexta marcha, acabou ficando sem força para ganhar velocidade de novo. Somando o carro parado e o esforço feito durante aquelas últimas voltas, Ayrton se rendeu às dores e espasmos musculares e ficou dentro do carro até ser resgatado pelos médicos da Fórmula 1.
No pódio, visivelmente emocionado e esgotado fisicamente, Senna gastou suas últimas forças para levantar o troféu que tanto quis. Mesmo com dificuldades, ele ergueu a taça e comemorou com muito champanhe.
 https://vinnyalvesblog.wordpress.com/category/ayrton-senna/


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